terça-feira, 16 de novembro de 2010

Conca e Toró


   
   Estava pensando no assunto desse post, pois esse final de semana a Resenha foi agitada, teve até profissional na cozinha, mas me lembrei que não poderia deixar de publicar a pérola da Carla Beatriz. Lá pelas tantas, conversando sobre vinhos, Gramado e outras tantas coisas, Carla me solta numa pronuncia perfeita o nome da Cave, do vinho que bebíamos: "CONCA E TORÓ". Seria trágico, se não fosse cômico... nos rendeu belas risadas, mas me fez lembrar da história do Casillero del Diablo:

"Um vinho cheio de mistérios"
 
    A lenda do vinho Casillero del Diablo, feito da uva Cabernet Sauvignon, começou há mais de cem anos, em 1891, quando o fundador da marca resolveu reservar para si os melhores vinhos das safras de suas vinícolas. Como uma forma de manter inalteradas as condições de temperatura e unidade, estes vinhos foram guardados ao fundo de uma magnífica adega (em espanhol “casillero”) subterrânea, um depósito especialmente destinado a este fim. Passado algum tempo Don Melchor de Concha y Toro (é assim que se escreve Carla Beatriz) percebeu que estes vinhos estavam desaparecendo misteriosamente. Depois de inúmeras conversas chegou a conclusão que estavam sendo roubados por pessoas das redondezas. Diante disto, para cessar o sumiço dessa reserva preciosa, espalhou o boato de que o próprio diabo vivia dentro do porão no qual os vinhos estavam guardados. A história funcionou. O medo afastou todos os ladrões, e, nunca mais, sequer uma garrafa voltou a desaparecer. Nascia assim o vinho Casillero del Diablo (a Adega do Diabo).

   Para quem quiser conferir, a Lenda vem resumida no rótulo desse excelente vinho, de gosto forte, que acompanha muito bem carnes vermelhas. Quem se interessar por ela na íntegra e toda história dessa vinícula, pode acessar o Blog: http://mundodasmarcas.blogspot.com/. 

Um abraço,

Rapha. 

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Hermanos



   Numa noite despretenciosa como a de terça, voltando da academia, estávamos, eu, Ju, Dudu e minha sogrinha, pensando em o que comer. A ideia era uma picanha de forno, nada prático para uma terça a noite né? Porém, todos queriam carne e lá fomos nós no mercado, em busca do corte perfeito... como diria Marcelo D2.

   Compramos a Picanha, mas ela foi congelada para outra ocasião, pois encontramos o famoso corte de nossos Hermanos, o Bife de "Chorizo"... nunca tinha feito um bife de "chorizo" antes, porém, valeu o risco, fica muito bom na frigideira.

   Inspirados no momento hermano, os papos rodeavam a nossa visita aos nossos vizinhos do andar de baixo. Buenos Aires, El Caminito, La Bambonera, Monumental de Nunes, Porto Madera e por ai vai. Vocês sabiam que existe um bar chamado Duff? Meia palavra para um bom entendedor basta. Mas para quem não associou e curte os Simpsons, procurem lembrar o nome da cerveja preferida do Homer. Vou abrir uma franquia por aqui.

   Tenho um amigo que possui um certo trauma, quando lembra de Buenos Aires, esse negócio de lembrar de levar Identidade ou Passaporte para viajar é complicado mesmo....rs. Vale mais uma tentativa, pois a cidade é linda, povo simpático, ótimos restaurantes e uma noite agitada, seja na Pacha, ou num simples bar na Recoleta. Ah, não pode deixar de tomar o sorvete de lá, simplesmente sensacional, só não me lembro o nome, mas vocês vão me lembrar.

   O fato é que o bife estava quase pronto, resolvi fazer um com alho e a Ju pediu um para ela também. Mal sabia o risco que estava correndo. Lembramos então de um filme argentino, que vimos a pouco, tudo porque falei do filme do Maradona, que assisti no domingo, e uma coisa levou a outra. Deixemos a película do Maradona para outro papo, pois não vale muito a pena, porém, “O Segredo dos Seus Olhos”, esse sim vale muito a pena assistir e comprar o DVD, ou Blue Ray para os mais avançados. O filme é espetacular, uma obra prima, como bem disse meu amigo Pedrão. Assistam, pois eles entendem de outra coisa além de Chourizo.

Como de costume, lá vai a receita:

1- Bife:

- 1,5 kg de Bife de Chouriço;
- Azeite e Sal grosso a gosto;

2- Arroz Maluco:
- 1 copo de 300ml de Arroz (essa é a minha forma de medir);
- 2,5 copos de 300ml de Água;
- Alho;
- Cebola;
- 3 ovos;
- Salsinha;
- Cubos de Bacon;
- batata Palha;

   Para o bife, os cortes precisam ser grossos, pois fica bem mais saboroso. Tempere com o sal grosso e o azeite, ao seu gosto e leve a frigideira. Frite até dourar, mas sem deixar ficar ressecado, pois é uma carne fácil de ficar dura.
   
   Para o Arroz, corte a cebola em pequenos cubinhos, doure junto aos pedaços de alhos e ao arroz e depois adicione a água. Deixe cozer enquanto prepara o restante dos ingredientes. Frite os 3 ovos, no famoso estilo "mexido", retire e reserve num recipiente. Corte o Bacon em pequenos cubos e frite-os, até ficarem crocantes, junte ao ovo, depois pique a salsinha e adicione à mistura, finalizando com a batata palha. Assim que o arroz ficar pronto, junte à mistura, numa frigideira grande e misture, com fogo baixo, até ficar bem colorido.

   Sirva o arroz maluco, e o bife, acompanhados de um belo vinho tinto, a dica da vez fica para um Cabernet Sauvignon, Casilero Del Diablo, da Concha y Toro, um excelente vinho Chileno, que me dá assunto para o próximo post.

Abraços,

Rapha.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Da Europa à Patagônia.




   A cada resenha com amigos e esposa na cozinha, me convenço de que aqui é realmente o melhor lugar da casa. Nesse final de semana, recebemos um casal de amigos, Kk e Donatelo, que vieram de uma espécie de Lua de Mel, afinal, estão a quase um mês viajando, entre Gramado e São Lourenço.

   Quer coisa melhor do que curtir o friozinho de Gramado, a dois? Bem, não sei como é essa experiência, mas nesse encontro, conheci muito desse lugarzinho, onde os motoristas param para que você atravesse e sequer existem sinais de trânsito no recinto.
Se fosse aqui no Rio, sei bem como isso iria terminar.

   Os dois estavam empolgadíssimos contando em detalhes os percausos do início da trip até os privilégios de um Fondue pago pela Agência de Turismo, aliás, agradeço se me contarem o nome da mesma. O cidade, além de ser o centro das atenções, quando o assunto é cinema, já que rola o Festival de Cinema de Gramado, por onde passam todos os anos, grandes filmes Nacionais, eles me contaram que o Natal temático da cidade é tão aguardado ou mais do que o Festival, e começou nessa semana que passou. Os preços dobram, mas como me confirmaram, pois viram a arrumação, a cidade fica um espetáculo. Existe um Mini Mundo em Gramado!

   O prato principal não podia ser outro, que não o Fondue, o que me fez lembrar do Hans, ali do lado do Costa Brava, na subida do Joá, excelente opção a dois, 4, 6... Tentem o Fondue de Frutos do Mar, sensacional! Bem, voltando ao foco, se é que existe um, não vou receitar Fondue, pois este quem sabe fazer é a minha esposa, mas falarei de um Salmon da Patagônia, bem simples, mas muito gostoso, afinal, esse final de semana foi todo ele dedicado a esse peixe.

   Quando negociávamos o que comeríamos em nosso jantarzinho, passamos por algumas opções e decidimos que seria um Salmon. Seriam 6 jantando, pedi 2 quilos, mas trouxeram 6 filés, o que dava quase 4 quilos de peixe... fazer o que né, jantei, almocei e lanchei salmon. Mas valeu a pena, pois pérolas não faltaram, tipo essa aqui: Concha y Toro, virou: Conca e Toró. Que fase!

Bem, lá vai a receita:

- 1 filé de Salmon;
- 1 cebola fatiada;
- Azeite, Sal e Pimenta do Reino a gosto;
- Só isso mesmo!

   Tempere o Salmon com azeite e sal, a gosto, enquanto ao mesmo tempo espalhe metade das rodelas de cebola na tigela, também com um pouco de azeite. Vá aquecendo o forno à 250 graus, enquanto tempera o peixe. Leve ao forno, à 180 graus, por mais ou menos 40 minutos, ou até dourar.

   Para acompanhar, os bom entendedores pedem por vinho branco, mas eu puxo sardinha pro tinto mesmo e vou te dizer, combina pra caramba (espero que nenhum Sommelier esteja me lendo, ou se estiver, que faça vista grossa). Foram 3 Garrafas, mas finalizamos com o Frontera, do Concha y Toro, que inspirou nossa amiga Carla Beatriz, para a piadinha que eu deixo para o próximo post.

Bom apetite!

sábado, 6 de novembro de 2010

Yann Tiersen

   Depois de revelado o nome do autor da trilha sonora que inspirou o inicio dessa resenha, me senti na "obrigação" de divulgá-la.

   Apreciem sem moderação e aproveito para indicar o filme, pois é excelente, quem viu pode me ajudar a descrevê-lo.

Abraços, Rapha.

http://www.youtube.com/watch?v=5WIcuv9Z6N0&feature=watch_response

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Do início.

   Já há algum tempo, penso em escrever textos, desses interessantes que encontramos nos tantos blogs de amigos, amigos dos amigos, conhecidos e por ai vai. Mas o máximo que fiz, foram alguns breves comentários nesses mesmos blogs que citei anteriormente. Não sei bem o porque de não ter começado antes, porém, o que importa é que aqui estou, mesmo sem saber onde vamos chegar.
   Pensei por onde começar e decidi que pelo nome do espaço, seria meu melhor caminho: Resenha na Cozinha. É, simples assim, resenha, pois escrevo e alguém sempre comenta, respondo e assim vamos papeando pelo blog, que armazenará  fotos de tudo que rola na cozinha. É, cozinha, pois existe lugar melhor numa casa ou apartamento do que a cozinha?
   Sério, não consigo entender porque gastamos nosso tempo e o suado dinheirinho pensando e investindo em como será a nossa sala de jantar, se onde sempre começamos e terminamos a noite é na cozinha, ao lado de uma garrafa de vinho, de preferência Bolla (vide foto) e na bela companhia da esposa e grandes amigos.
   O mais curioso do que eu acabei de escrever, é que estou começando meu Blog, vai, nosso, justamente sozinho, fazendo um belo omelete e servindo um vinho...  sou bom nesse negócio e coloquei um azeitezinho que trouxe de Visconde de Mauá, mais precisamente, da lojinha Miss Jam, que fez toda a diferença. Cheguei cansado em casa, depois de um dia corrido. Pois é, hoje foi bem tenso, basta contar que acabei de chegar, 23:30h do veterinário e descobri que sou avô de 5 filhotinhos de uma mistura exótica do Bolt, meu Bulldog Francês com a Salsicha, a Dauschaund de 11 anos… velha guerreira, tá firme e forte alimentando a cria.
   O fato é que cheguei na cozinha, com fome, sem criatividade e forças, abri a geladeira, vi que ali haviam alguns ovos e pensei… porra, omelete, perfeito!!! Comecei a missão e precisava de um clima, pois estava muito silêncio. Abri o Lap Top, coloquei  a primeira música que apareceu no i-tunes:  "Pas si Simple", do filme Amelie Poulan (se alguém souber o autor, me diga), mas ainda não estava completo. Minha querida esposa não voltaria tão cedo, afinal, estava cuidando dos filhotes, então peguei uma garrafa de Periquita, aliás, diga-se de passagem, ótimo vinho para o dia a dia e meu cenário estava perfeito.
   Ao mesmo tempo que comia o belo omelete, degustava meu vinho, usufruía da boa música em tom de inspiração e vou, fui…. Enfim, redigi essas palavras, meio que resenhando comigo mesmo em minha cozinha sem saber bem onde eu quero ir, mas enfim, “perder-se também é caminho” certo?
   Abro a porta dessa cozinha para palpites em qualquer receita. Sejam bem vindos a essa Resenha na Cozinha, nesse pequeno espaço, cercado por fogão, geladeira e armários, onde vamos resenhar sobre tudo e nada ao mesmo tempo, com quem quiser dividir essa ideia.

Um grande abraço, Rapha.

Ah, segue a receita:
- 3 ovos;
- 3 fatias de Peito de Peru light;
- 1/2 Tomate picado em cubos;
- 1/3 de Cebola picada em cubos;
- Azeite de Mauá (Miss Jam) a gosto;
- 1 colher de chá de sal;
- 1 pitada de queijo parmesão ralado.

   Para preparar, nenhum mistério, bata os ovos, até ficar uma mistura homogênea, despeje na frigideira, frite até ficar consistente, espalhe os ingredientes numa metade, deixe fritar mais um pouquinho e dobre o omelete, colocando a parte vazia por cima da parte "recheada". Deixe por mais alguns segundos, vire, mais uns segundos e está pronto. Sem mistério nenhum. Sirva o vinho e bom apetite.